
“Estamos a falar de um jogador que é capaz, e como nós parece que vivemos em um mundo perfeito, que todo mundo faz tudo perfeito no trabalho.”
O problema, disse o técnico, não são só as críticas e ofensas, mas os elogios que mexem com o ego dos jogadores e suscitam comparações. “Aqui é 8 ou 80. Agora vão dizer que ele é o Pelé. Mas não é. É o mesmo Roque, tem defeitos e virtudes como todos”, ponderou.
“Claro que é bom, aumenta a confiança dele. É manter os pés no chão. temos que melhorar, ele individualmente, não só coletivamente. E temos que manter essa melhora, olhar pelos jogadores que temos agora e procurar a melhor forma. Porque aqui só importa quando ganha, nada mais importa”, prosseguiu.
Abel Ferreira voltou a listar o calendário congestionado, as viagens longas, o curto tempo de descanso, os gramados esburacados e as lesões para justificar o futebol ruim jogado pela sua equipe, que foi dominada na primeira etapa, mas mostrou melhora no segundo tempo.
“No Mundial, os times tinham três dias para descansar. Aqui não tem. É outra vergonha que ninguém fala. Por que os brasileiros tiveram bom desempenho na Copa? Porque tinham tempo para recuperar e gramados bons. Hoje foi a primeira vez que joguei no Maracanã com o gramado meia boca, nem bom”, completou.