
Londres (Inglaterra) – A final de Wimbledon no próximo domingo será uma oportunidade de revanche para Jannik Sinner, que reencontra Carlos Alcaraz pouco mais de um mês depois de ter perdido uma batalha de cinco sets e 5h29 de duração em Roland Garros. Líder do ranking mundial, o italiano diz que já superou a derrota sofrida em Paris e segue motivado por um título inédito no Grand Slam londrino, diante do atual bicampeão.
“Se aquele jogo ainda estivesse muito na minha cabeça, acho que nem estaria em outra final agora”, disse Sinner, sorrindo ao ser questionado sobre a derrota recente. “Estou muito feliz por dividir a quadra novamente com o Carlos. Sei que será difícil, mas é para isso que trabalho. Adoro me colocar nessas situações e jogar no domingo é sempre especial”.
“Cada Slam exige muito, física e mentalmente. Depois de Paris, voltei para casa, fiquei com a família e descansei dois ou três dias para começar a me preparar para Halle, que não foi como esperávamos, mas serviu. Tive uma boa semana de treinos e isso foi essencial para jogar esse nível de tênis de novo”, explicou o italiano. “E independentemente do que acontecer no domingo, vou tirar um tempo e depois trabalhar mais. A nova geração está chegando, com estilos diferentes. É preciso estar pronto”.
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Além da derrota recente em Paris, Sinner também tenta reverter um histórico negativo contra Alcaraz. O espanhol lidera por 8 a 4 e venceu as cinco últimas. “Claro que tentamos mudar algo, não queremos ser previsíveis. Vamos preparar da melhor forma possível. Quando o nível da partida é tão alto, você joga muito com a intuição e o que sente naquele momento. O Carlos é o favorito, já venceu aqui duas vezes, está na final de novo e é muito difícil vencê-lo na grama. Mas gosto desses desafios. Quero ver do que sou capaz”.
A classificação para a final veio com vitória sobre o heptacampeão Novak Djokovic por 6/3, 6/3 e 6/4. E com o resultado, Sinner se junta ao próprio sérvio e também outras três lendas do tênis, Roger Federer, Rafael Nadal e Andy Murray, entre os únicos homens a disputar finais nos quatro torneios do Grand Slam neste século.
“É uma companhia incrível. Mostra que estou evoluindo como jogador em todas as superfícies”, disse o italiano de 23 anos. “Sempre assisti a esse torneio pela TV quando era pequeno e jamais imaginei que jogaria uma final aqui. É incrível. Sei o quanto eu e minha equipe estamos trabalhando. Meu pai e meu irmão chegaram hoje, então é ainda mais especial”.
Sinner também marcou sua quinta vitória seguida contra Djokovic e agora lidera o retrospecto por 6 a 4. O italiano vê a evolução como natural. “Comecei a enfrentá-lo muito jovem. É nos jogos, não nos treinos, que se aprende de verdade. Com o tempo, fui ficando melhor fisicamente, o que me permite entrar em ralis longos sem pressa. Hoje me sinto mais confortável nisso. Mas enfrentar o Novak é sempre difícil. Dá nervosismo, como foi hoje. Mesmo assim, tento aproveitar o momento, porque ele é muito especial”.