
A incidência de apostas em sites ilegais é maior entre jovens de baixa renda. Cerca de 63% desses jovens, entre 18 e 29 anos, ganham até dois salários mínimos por mês.
Entre os entrevistados, 78% disseram que é difícil saber ao certo quais plataformas são regulamentadas e quais não são. O principal motivo para essa barreira é a falta de informação, somada ao impacto das propagandas em redes sociais e ferramentas de pesquisa na internet.
Impacto bilionário
Com base na pesquisa, a LCA Consultoria Econômica fez uma estimativa das perdas de arrecadação com o mercado ilegal, que gira em torno de R$ 7,2 e 10,8 bilhões. Isso porque, de acordo com os dados, a ilegalidade pode ultrapassar os 50% do mercado.
Não é só a questão do site ser ilegal, mas estar oferecendo apostas. Muitos desses operadores, eles usam a questão da aposta para atrair o consumidor para fraudes. A gente tem a questão de crime organizado, a gente tem a questão da manipulação de jogos. Então, quando a gente fala do mercado ilegal, a gente não está falando só daquele apostador que está num site, que está consumindo um produto que não é legal, mas que o produto é ilegítimo do ponto de vista do que o produto entrega. Muitas vezes, ele não entrega o produto. E isso também tem um impacto grande.
Eric Brasil, diretor de Regulação e Políticas Públicas da LCA Consultoria Econômica, ao UOL
Ainda de acordo com as pesquisas, o combate ao problema está no avanço da regulamentação, principalmente na tributação e educação dos apostadores. Os dois aspectos são debatidos pela Secretaria de Apostas desde o início do ano.