
Pesquisas Sérgio Moro governo do Paraná
Por professor e jornalista Sadraque Rodrigues – Portal Colombense
Na política, números contam histórias que nem sempre os discursos conseguem silenciar. E, no Paraná, uma nova narrativa começa a ganhar contornos definitivos. O senador Sérgio Moro (União Brasil) aparece, de forma incontestável, como o favorito ao Palácio Iguaçu em 2026. Os dados são claros: lidera com folga todas as principais pesquisas de intenção de voto, incluindo as mais recentes dos institutos Paraná Pesquisas e Quaest. O que antes era especulação, hoje é tendência consolidada.
O fenômeno Moro não é um acaso. Ex-juiz federal, protagonista da maior operação anticorrupção da história recente do país, ex-ministro da Justiça e atual senador, Moro carrega um nome que simboliza ruptura com os velhos acordos políticos, o desgaste da polarização ideológica e uma nova expectativa de governança. No Paraná, isso ressoa com força. Um estado conservador, trabalhador, que valoriza meritocracia e ordem. Uma terra que parece ter encontrado, em Sérgio Moro, alguém que traduz esses valores para o cenário político.
Enquanto isso, nomes tradicionais como Roberto Requião seguem aparecendo nos levantamentos — mas com números cada vez mais tímidos. O ex-governador, que já ocupou por três vezes o comando do estado, aparece com intenções de voto muito aquém do que se esperaria de alguém com seu histórico. Embora ainda reverenciado por parte da militância de esquerda, a verdade é que seus discursos não conseguem mais empolgar o eleitor médio. Requião já começou campanhas em alta antes. E, em todas elas, viu seus números derreterem como gelo ao sol.
Já Moro parece crescer com o tempo, mantendo estabilidade, ampliando alianças e abrindo espaço inclusive entre o eleitorado moderado. Sem gritos, sem bravatas. Com um discurso racional, sereno e técnico — algo que, convenhamos, tem faltado à política brasileira.
O Paraná, historicamente, gosta de figuras de comando. De líderes com autoridade moral, mas também com pulso firme. Sérgio Moro reúne essas qualidades. E isso incomoda setores da velha política e da esquerda tradicional. Afinal, ver um nome “outsider” da velha cartilha política conquistar a confiança popular é, para muitos, um desconforto.
Mas os números falam mais alto. Segundo a pesquisa do Instituto Paraná, divulgada em março, Moro lidera com 49% das intenções de voto. Rafael Greca (PSD), atual prefeito de Curitiba, aparece com 26%. Roberto Requião, que um dia já ditou o rumo do estado, tem menos de 16% em todos os cenários. Na prática, Moro venceria no primeiro turno — e com folga. E o detalhe: esses dados foram colhidos antes mesmo do período eleitoral esquentar.
Não se trata de endeusar. Trata-se de reconhecer. Sérgio Moro tem capital político. Tem discurso. Tem nome. E tem força eleitoral. Os que torcem o nariz ou subestimam sua trajetória correm o risco de repetir os erros de 2018, quando analistas diziam que o povo jamais elegeria alguém fora da política tradicional. Hoje, parte da população parece não só apoiar essa quebra de padrão, como deseja que ela continue.
O eleitorado do Paraná está dando sinais. E eles são claros como o céu do planalto curitibano: quer mudança com firmeza, quer ética com resultado, quer liderança com equilíbrio. E está encontrando isso em Sérgio Moro.
A corrida está só começando, é verdade. Mas a largada já está dada — e o ex-juiz sai na frente com fôlego de maratonista. À esquerda, o Paraná observa. Mas quem dita o ritmo, por ora, é o centro-direita que encontrou em Moro mais que um nome. Encontrou um projeto.