
Além de Palmeiras e Fluminense, também constam com um título “interconfederações” os africanos do Al-Ahly, do Egito, e do Espérance, da Tunísia, e o Urawa Reds, do Japão. As equipes da África faturaram a Copa Afro-Asiática nos anos de 1988 e 1995, respectivamente. Já no caso dos japoneses é considerado o título da Copa Suruga, vencido em jogo único contra a Chapecoense (campeã da Copa Sul-Americana), em 2017.
Palmeiras e Fluminense, por sua vez, reivindicam as conquistas das Copas Rio de 1951 e 1952 como títulos mundiais. A equipe alviverde bateu o Juventus, de Turim, no Maracanã, enquanto o clube das Laranjeiras superou o Corinthians no mesmo estádio no ano seguinte.
Diferentemente dos torneios vencidos por africanos e japoneses que contavam com a participação de campeões continentais, a Copa Rio não tinha representantes com peso continental, porque àquela altura ainda não haviam sido criadas a Copas Libertadores e a Champions League. Nem mesmo um torneio nacional existia no Brasil. Foram convidados campeões nacionais vindos da Europa e América do Sul, além dos campeões paulista e carioca.
Em 2024, a Fifa publicou uma lista atualizada de campeões mundiais em que não constavam Palmeiras e Fluminense, apenas os times que ergueram os troféus do Intercontinental e do Mundial. Segundo apurou a reportagem do Estadão, a entidade mantém oficialmente tal concepção e não reconheceu os times alviverde e tricolor como campeões mundiais.
Nos anos 2000, dirigentes do Palmeiras montaram um dossiê e pediram à Fifa o reconhecimento da Copa Rio de 1951 como mundial. A entidade respondeu positivamente à solicitação do clube, considerando o torneio o primeiro de caráter global.
Em sua cobertura à época, o Estadão afirmou que o torneio de 1951 não era “nem Mundial, nem dos campeões”. “É aconselhável, além de honesto, que se mude a denominação do certame, mesmo porque, pelo simples exame da relação dos concorrentes, verifica-se que ele não é dos Campeões e muito menos Mundial…”, escreveu o jornal.