
A vitória foi justa, considerando o que fez em campo o Palmeiras. Em um jogo estudado, nervoso, cheio de erros e de baixo nível técnico, a equipe de Abel Ferreira não encantou. Mas foi a que mais quis jogar, finalizou mais vezes e esteve sempre mais perto do gol que a formação alvinegra. Ele veio dos pés de um dos poucos em campo capaz de destravar um jogo de mata-mata.
O plano de Renato Paiva de que o Botafogo tivesse mais a bola e controlasse as ações não foi cumprido. O seu time até registrou maior posse de bola, mas mais foi atacado do que atacou.
Foi o Palmeiras que, em boa parte dos 51 minutos iniciais, mais procurou o gol em um jogo estudado e de pouca intensidade e dinâmica, talvez por causa do sol quente que castigava os atletas na Filadélfia. Houve mais faltas – algumas duras – e entrega física do que bom futebol no Lincoln Financial Field.
O Palmeiras teve leve domínio, principalmente no início, mas o volume não foi tão grande a ponto de causar problemas à defesa botafoguense. Tivesse aparecido antes, Vitor Roque teria marcado o gol na melhor oportunidade palmeirense, originada dos pés de Piquerez.
Richard Ríos fez a torcida gritar gol com finalização que balançou a rede, mas do lado de fora. Sem a habilidade de um definidor, Marlon Freitas teve a bola do primeiro tempo em seus pés, e chutou fraco, sem direção, de dentro da área.
Estêvão voltou a fim de jogo no segundo tempo e disposto a resolver um jogo difícil. O garoto até balançou a rede, mas havia impedimento na jogada. Minutos depois foi substituído e não gostou. Abel dobrou laterais ao lançar mão de Mayke, enquanto que Renato Paiva abriu o time, ao tirar um dos três volantes.