
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), conversou com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e afirmou que o clima é favorável para a aprovação do fim do mundo.
“A gente vem trabalhando há décadas nessa hecatombe programada. Como a conjuntura internacional é favorável, chegou a hora de pôr o plano em prática”, explicou o senador Flávio Bolsonaro, ao organizar uma fuga para Plutão.
A mesa diretora do Congresso Nacional explicou, em detalhes, a conjuntura do cataclisma:
“É uma questão técnica, basta ver os números. Desde que foram criadas, a Câmara dos Deputados e o Senado operaram incansavelmente como uma imensa bomba a vácuo para sugar todo o dinheiro público. Depenamos ministérios, aparelhamos estatais, cobramos o mensalão, cooptamos empreiteiras, criamos o orçamento secreto, operamos uma ampla rede de lobbies com empresários. Chantageamos governo atrás de governo para acelerar cada vez mais a potência da sucção. Por vezes tivemos que abrir mão da democracia para que o sistema seguisse vigente. Não se pode negar que tivemos um êxito extraordinário”, diz o relatório.
Para garantir a formalização do cataclisma planetário, lideranças garantiram o envio final de todas as verbas públicas para as suas bases. “Foi a raspa da panela dos recursos do Estado. Como a fonte secou, é hora de tentar algo disruptivo”, explicou Arthur Lira.
Deputados do centrão sublinharam a eficiência do planejamento. “Atuamos em várias frentes com profissionalismo e determinação. Criamos modelos de desmatamento que inviabilizam não apenas a sobrevivência de seres humanos, mas de toda a fauna e a flora.
Dia e noite, batalhamos para concentrar renda e poder nas mãos de cada vez menos pessoas. Criamos mecanismos jurídicos e estruturais para reprimir com violência qualquer mimimi dos desafortunados. Hoje temos o Brasil ajoelhado aos nossos pés. Mas o Brasil não tem mais dinheiro para colocarmos em nossas meias”, discursaram 22 deputados, em uníssono.
Há consenso na Câmara que o sistema precisa ser reiniciado. “É preciso mudar tudo para que tudo siga como está. Nesse caso, o fim do mundo é a alternativa possível”, disse Davi Alcolumbre, ao defender que o Senado vote ainda hoje a questão. “Mas antes vamos votar o aumento da conta de luz”, explicou Alcolumbre. “Pior do que tá não fica”, concluiu Tiririca.
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