
O colunista destacou que a Inter desembarcou no Mundial em reformulação após levar 5 a 0 do PSG na final da Champions League e perder seu ex-técnico, Simone Inzaghi, para o Al Hilal, que eliminou o Manchester City e será o adversário do Flu nas quartas de final.
Para Mauro Cezar, é preciso levar em conta o momento do time de Milão na análise do jogo contra o Fluminense.
Não é desmerecendo Fluminense — é vitória do Fluminense e ponto. Mas não vou ficar no mais do mesmo nem ser oportunista de jogar confetes desnecessários no Renato. Eu não avalio o trabalho de um técnico por dois jogos, e sim pelo conjunto da obra. Sabemos que os trabalhos do Renato no início têm esse impacto, mas se você olhar nas últimas temporadas, Grêmio e Flamengo, você vai ver que teve muitos problemas sérios.
Nunca vi ninguém falar que ele não sabe de nada. Apenas eu, por exemplo, acho que ele é um técnico muito aquém de outros treinadores. Não significa que não possa acertar uma estratégia em que o Fluminense foi até agressivo em alguns momentos, chegou aos gols, se defendeu muito, não por acaso o Fábio se destacou, e conseguiu uma justa vitória atuando como a Inter jogou contra o Bayern.
A Inter jogou assim e contra o Barcelona também. Embora não seja superior como elenco a esses adversários, a Inter se superou e por isso foi tão elogiada. Mas depois disso aconteceu muita coisa: o técnico foi embora; o time até não era tão diferente, oito titulares dos jogos contra o Barcelona estiveram em campo, mas alguns já foram liberados porque se machucaram; o time ainda vive uma crise por conta da goleada humilhante sofrida pelo PSG na final da Champions.
Então, quando tentam tratar a Inter como o segundo maior time da Europa porque foi a vice-campeã, estão ignorando todo o contexto e isso é muito raso.
Mauro Cezar