#diáriocolombense

Ela cuida de todos. Mas quem cuida dela? Em silêncio, milhões de mulheres sustentam lares, filhos, idosos, trabalhos exaustivos e emoções sobrecarregadas. Professora, enfermeira, psicóloga, mãe solo, assistente social, empreendedora, cuidadora — todas enfrentando o invisível: o cansaço mental.

A saúde emocional feminina tem sido negligenciada. Mulheres ouvem, acolhem, ensinam, curam. Mas suas próprias dores não encontram espaço. A exaustão é romantizada. A força, exigida. A fraqueza? Silenciada.

Burnout, ansiedade, depressão e solidão crescem entre elas. A rotina é cruel: sorrisos forçados, silêncios longos, lágrimas escondidas. A exigência é desumana: dar conta de tudo, ser tudo, o tempo todo.

Não é drama. É dor. Não é frescura. É saúde mental. Não é fraqueza. É sobrecarga. E o autocuidado não pode ser uma tarefa solitária. É preciso rede, escuta, políticas públicas, respeito nos lares, apoio nas empresas, ambientes de acolhimento e tratamento digno.

Cuidar da mulher que cuida é um ato social. É prevenir colapsos. É garantir afeto, escuta e dignidade. Porque quando uma mulher é ouvida, ela floresce. E com ela florescem filhos, casas, comunidades.

Que a escuta seja rotina. Que o cuidado seja coletivo. Que a saúde mental das mulheres seja prioridade. Porque exaustas sim — mas nunca fracas.

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