“Não tem segredo: dívidas controladas e equilíbrio entre receitas e custos”, resume o economista, um dos mais importantes estudiosos da gestão e finanças do esporte.

Alavancaram, e muito, a receita do Palmeiras a bilheteria do Allianz Parque, o programa de sócio-torcedor Avanti e, principalmente, a venda de jovens atletas. Somente Estêvão e Endrick renderam mais de R$ 700 milhões ao clube. No Flamengo, clube de maior torcida do País, destacam-se as ações de marketing e o dinheiro referente à venda de direitos de televisão (R$ 292 milhões em 2024, sendo R$ 197 milhões provenientes do pay-per-view).

“Alguns desenvolvimentos importantes, como a chegada do Allianz Parque e a reformulação profunda das categorias de base para o Palmeiras, e o reforço das ações comerciais no Flamengo. Essa soma de fatores garantiram desempenho ao longo do tempo, e isso se reverteu em mais dinheiro, culminando com a participação no Mundial de Clubes”, completa Grafietti.

No caso do Botafogo, trata-se de um “novo rico”, endinheirado assim que se tornou SAF e foi comprado pelo magnata John Textor em 2022 por R$ 400 milhões.

Ele é proprietário da Eagle Football Holdings, um conglomerado de clubes a nível mundial que conta com participações majoritárias, além do Botafogo, no Lyon, da França, e no RWD Molenbeek, da Bélgica. O grupo passa por um processo de reestruturação, e o empresário se afastou do comando do time francês. Sua ideia é separar o clube carioca de seus outros empreendimentos.

“Não podemos limitar a análise a dinheiro, porque há evoluções importantes na gestão comercial e de atletas, mas é inegável que um modelo complexo de relacionamento entre os clubes da Eagle favoreceu o processo, com atletas transitando entre clubes, assim como o dinheiro”, analisa Grafietti.





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