Pesou contra a Adidas, fundamentalmente, o risco jurídico que envolveria a eventual rescisão com a Nike. O Corinthians gostaria que a companhia se responsabilizasse pelo possível ônus, mas as conversas não avançaram neste sentido.

A Nike, ainda, topou “perdoar” dívidas que o clube tinha com a empresa. Uma delas é o fato do Timão ter ultrapassado, constantemente nas últimas temporadas, o valor de R$ 4 milhões o qual, por contrato, tem direito a receber de enxoval por ano. Só em 2024, por exemplo, o Corinthians recebeu mais de R$ 12 milhões de vestuário da Nike. A companhia prometeu “esquecer” essas pendências para ampliar o contrato com a equipe alvinegra.

(Foto: Divulgação/Corinthians)

Por outro lado, a empresa norte-americana não pagará R$ 100 milhões de luvas, como propôs a Adidas. A Nike até aceitou destinar a quantia ao Timão, mas em forma de adiantamento, com valores corrigidos pelo IPCA. As luvas se tornam um trunfo da Adidas, como ponto de destaque da oferta. O clube, entretanto, concluiu que este ganho não compensaria o risco.

O contrato vigente entre Corinthians e Nike determina que qualquer conflito entre as partes tem de ser, obrigatoriamente, resolvido no Centro de Arbitragem da Câmara de Comércio Brasil-Canadá, uma instituição que está entre as mais caras do país no que diz respeito a valores de taxas processuais.

Para ingressar nesta luta, a diretoria do Corinthians teria de contratar um escritório terceirizado, especializado e que, inevitavelmente, geraria uma despesa elevada, antes mesmo do resultado final da ação, que teria alta probabilidade de derrota corintiana, com valor estimado na casa dos R$ 100 milhões, segundo especialistas, devido aos atuais termos contratuais que foram claramente descumpridos pelo clube.





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