O CEO da Intel, Lip-Bu Tan, criticou o que chamou de “desinformação” sobre sua carreira após Donald Trump exigir que ele se demitisse por seus laços com a China, o que deixava o executivo em um conflito muito grande na interpretação do presidente dos EUA.

Em uma carta aos funcionários da Intel publicada na noite de quinta-feira (7), Tan afirmou que a empresa estava “dialogando” com a administração Trump “para abordar as questões que foram levantadas e garantir que eles tenham os fatos”.

“Tem havido muita desinformação circulando sobre meus cargos anteriores… Quero ser absolutamente claro: Ao longo de mais de 40 anos na indústria, construí relacionamentos em todo o mundo e em nosso ecossistema diversificado —e sempre operei dentro dos mais altos padrões legais e éticos”, escreveu Tan.

A iniciativa do CEO para tranquilizar os funcionários da Intel, a única empresa com sede nos EUA capaz de fabricar chips avançados, ocorreu horas depois de Trump ter exigido sua renúncia em uma publicação na sua rede social Truth Social.

O presidente dos EUA não detalhou os supostos conflitos de interesse de Tan, mas o ataque de Trump seguiu uma carta de Tom Cotton, líder republicano do comitê de inteligência do Senado, ao presidente da fabricante de chips expressando “preocupação com a segurança e integridade das operações da Intel” e os laços de Tan com a China.

O CEO da Intel ficou conhecido por ser um investidor de sucesso em empresas de tecnologia chinesas por meio de sua empresa de capital de risco com sede em San Francisco, bem como em empresas baseadas em Hong Kong. Seus investimentos anteriores incluíram a SMIC (Semiconductor Manufacturing International Corp), a maior fabricante de chips da China.

Antes de ser nomeado para o cargo da Intel no início deste ano, Tan dirigia a Cadence Design Systems, com sede na Califórnia, que na semana passada admitiu ter violado os controles de exportação dos EUA ao vender suas ferramentas de design de chips para uma universidade chinesa com estreitos laços com os militares.

Desde que assumiu o posto, Tan lançou um importante programa de redução de custos e, no mês passado, alertou que a Intel poderia ser forçada a abandonar o desenvolvimento de sua tecnologia de fabricação de próxima geração caso não conseguisse fechar com um grande cliente.

Na carta, Tan disse que o conselho da Intel estava “apoiando totalmente…o trabalho que estamos fazendo para transformar nossa empresa”.

Ele acrescentou que “compartilha plenamente o compromisso do presidente de avançar a segurança nacional e econômica dos EUA”.

“Os Estados Unidos têm sido meu lar por mais de 40 anos. Eu amo este país e sou profundamente grato pelas oportunidades que ele me deu. Também amo esta empresa”, finalizou Tan.



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