A ausência de perdão transforma qualquer celebração em um palco de hipocrisia. Sorrisos forçados mascaram mágoas profundas, e a alegria se torna uma farsa. Sem perdão, a festa se torna um reflexo da nossa incapacidade de amar e reconciliar, um lembrete doloroso de que a verdadeira celebração reside na capacidade de perdao.

A cidade de Colombo, outrora conhecida por sua tranquilidade e coesão comunitária, tem sido sacudida por uma série de eventos que testam os alicerces de suas instituições, tanto no âmbito religioso quanto no administrativo. O epicentro dessa turbulência encontra-se na Assembleia de Deus em Colombo (AD Colombo), onde um conflito interno escalou para proporções alarmantes, e nas decisões controversas que cercam alguns fies. Esses episódios, embora de atitudes distintas entre alguns fieis em sua natureza, convergem em um ponto crucial: a fragilidade da confiança pública quando os mecanismos da justiça e transparência da instituicao são postos em xeque por alguns deles.

A Assembleia de Deus, uma instituição com profunda influência na comunidade local, viu-se imersa em uma crise que transcendeu os limites do debate teológico e administrativo. A destituição do pastor Presidente, sob acusações de abuso de autoridade e má administração, desencadeou uma reação em cadeia que culminou em confrontos físicos e intervenção policial. A Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus no Estado do Paraná (CIEADP), ao tomar a decisão de remover Siqueira, desencadeou uma batalha que expôs as tensões latentes dentro da comunidade religiosa.

A lideranca por sua vez, resistiu à decisão da CIEADP, alegando injustiça e falta de provas que sustentassem as acusações caluniosas contra ela. A recusa em acatar a medida desencadeou uma divisão entre alguns fiéis, com alguns apoiando o pastor destituído e outros defendendo a decisão da Convenção. O impasse gerou um clima de animosidade e desconfiança, que culminou em confrontos físicos e na necessidade de intervenção das forças de segurança para restabelecer a ordem.

O caso da AD Colombo levanta questões complexas sobre a governança das instituições religiosas e os limites da autonomia eclesiástica. Se, por um lado, é inegável o direito das igrejas de gerir seus assuntos internos, por outro, é preciso garantir que os direitos fundamentais dos fiéis sejam respeitados. A ampla defesa, o direito ao contraditório e a transparência nos processos decisórios são princípios que não podem ser negligenciados, nem mesmo em nome da fé.

Lucas 6:37: “Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados.”

Os casos da AD Colombo necessita ter a importância da ampla defesa e da transparência nos processos decisórios. Seja no âmbito religioso ou no administrativo, é fundamental que os envolvidos em qualquer tipo de acusação ou processo tenham o direito de se manifestar, de apresentar suas versões dos fatos e de serem julgados de maneira justa e imparcial.

Professor e Jornalista Sadraque Rodrigues

A democracia, como regime que assegura os direitos e a dignidade dos indivíduos, não pode ser comprometida por decisões precipitadas ou por processos que desconsiderem as garantias fundamentais. A busca pela justiça e pela verdade deve ser um compromisso constante, tanto nas instituições religiosas quanto nas instâncias administrativas.

Nesse contexto, a mídia desempenha um papel crucial na garantia do acesso à informação e na promoção do debate público. Em tempos de polarização e de informações muitas vezes distorcidas ou parciais, a função dos veículos de comunicação é garantir que os cidadãos tenham acesso a informações claras, objetivas e equilibradas.

O portal Colombense, desde sua criação, tem se empenhado em trazer ao público informações isentas, sem se alinhar a nenhuma corrente política ou ideológica. Sua missão é fornecer dados relevantes e atualizados, permitindo que os cidadãos de Colombo possam formar suas próprias opiniões, sempre com base em fatos e em uma visão equilibrada dos acontecimentos.

A independência editorial é um princípio que não pode ser negligenciado, especialmente em tempos de crise ou de desafios institucionais. O compromisso com a verdade e com a justiça deve ser sempre a base do trabalho jornalístico, e isso se reflete na postura do portal Colombense, que se dedica a cobrir os acontecimentos locais com imparcialidade, sempre respeitando os direitos de todas as partes envolvidas.

O mesmo princípio vale para o trabalho do professor e jornalista Sadraque Rodrigues, que, como fundador do portal, também tem se posicionado como um defensor da liberdade de expressão, do respeito à ampla defesa e da transparência.

Em um contexto de crescente desconfiança nas instituições, sejam elas religiosas ou públicas, é fundamental que a sociedade se lembre da importância de uma governança que respeite a democracia e os direitos humanos. As tensões que surgem em eventos como o tumulto na AD Colombo ou as decisões administrativas envolvendo ex-gestores públicos não podem obscurecer os princípios que fundamentam a convivência civilizada e justa.

A democracia não é um conceito abstrato; ela se constrói no dia a dia, por meio do respeito à dignidade humana, da garantia do direito à defesa e da transparência nas ações do poder público. A participação ativa da população, o engajamento nas decisões políticas e a exigência de processos transparentes e justos são essenciais para que o Brasil continue sendo um país onde os direitos de todos são respeitados e protegidos.

O exemplo de Colombo, com seus desafios e superações, pode servir de alerta para outras cidades e comunidades: a democracia é frágil, mas também é resistente, e deve ser defendida a todo custo.

Professor e jornalista Sadraque Rodrigues

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