
Foram requeridas oficialmente as faturas do cartão de crédito do Corinthians, do período de 2 de janeiro de 2024 a 26 de maio de 2025. Melo está afastado cautelarmente desde então e terá sua destituição definida amanhã, em votação da Assembleia Geral do clube, no Parque São Jorge.
O promotor cita o artigo 76 do Código de Processo Penal, segundo o qual se estabelece uma conexão se, ocorrendo duas ou mais infrações, elas tiverem sido praticadas “por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar”.
O despacho revela ainda um gasto suspeito de 26 de outubro de 2023 (gestão Duilio), anexando uma nota fiscal de R$ 6,3 mil de despesa em um restaurante em que o quilo custa, hoje, R$ 53. A foto do estabelecimento, em Guaianazes, indica um lugar bastante simples, o que levantou a suspeita de irregularidade, como nos casos do mercadinho e do babyliss, listados no ofício anterior.
“O presidente Augusto Melo acredita que a investigação do Ministério Público de São Paulo será muito benéfica para o Corinthians, e incluir o cartão corporativo da gestão será ótimo e que sirva de exemplo. Único presidente na história do Sport Club Corinthians Paulista que em 16 meses nunca utilizou o cartão corporativo. Que isso se investigue, puna quem deve ser punido porque o Corinthians merece ser passado a limpo”, disse a defesa do presidente afastado.
Por se tratarem de períodos e autores diversos, o MP deve separar os processos em breve.
*Colaborou Livia Camillo